Analisar
o indivíduo em sua subjetividade perpassaria sobre tudo suas influências
históricas e sociais, assim, estudar a nossa história humana seria legitimo se
o resultado destas análises fossem usados para entendermos nosso presente. Marxinianamente falando, o indivíduo
entendesse como tal a partir de relações de imposições e hierarquias ao Capital com todos seus mecanismos
institucionais em diversos ambitos ideológicos: Global, Político, Estatal,
Nacional, Religioso, relações interpessoais, entre outros, de submissão e
alienação entre duas classes bem distintas (burguesia e proletário), desta
forma, todas as mazelas e conflitos sociais de urgências mais íntimos deste indivíduo
teria o Capital como pano de fundo e
origens de todo um ideal de indivíduo social, com seus supostos benefícios, desigualdades
e questões de raça. Em suma, o indivíduo e o Capital se “confundem”!
Um
olhar Foucaultiano neste mesmo
aspecto nos faz aponta que mesmo que o indivíduo tenha o Capitalista como base
institucional e norteador de suas definições mais íntimas ele não é meramente
produto do meio, pois, para além de uma questão meramente monetária esse
indivíduo é visto neste grande sistema econômico com outro olhar, porque, temos
que levando em conta seus anseios e sua subjetividade que muitas vezes é
imprevisível mesmo com os avanços da psiquiatria que tem a função na visão do
autor de diagnosticar comportamentos humanos para criar patologias para melhor
dominar o mesmo.
O
indivíduo e suas particularidades são suprimidas para ser enquadrado em uma
forma que torna todo mundo igual para ser melhor dominado e submetido as
imposições sociais de teu momento historio. Entretanto, essa submissão não
seria plena, pois, apesar de tudo, sempre o ser indivíduo tem a capacidade de
reagir e com as ações de sua reação transformar de alguma forma sua realidade.
Grandes avanços nos direitos dos trabalhadores, Movimento Negro, Feminismo, Reforma
Protestante, etc., são exemplos disto.
Para impor ideologias para a classe trabalhadora
a classe burguesa toma suas próprias alienações como verdade para melhor imprimi-las
aos mesmos, assim, eles também são resultados de transformações históricas já
que reproduzem comportamentos de sua época.
O
favelado e o pobre não é só um indivíduo com acentuada melanina na pele, existe
toda uma imagem (no sentido estético e social), que definiria o mesmo, ou seja,
uma vida precariedade de recursos monetários, consequentemente, dificultando o acesso
a coisas e bens básicas para sua
existência tais como só pra citar alguns: saúde, alimentação, transporte, educação,
moradia. Desde sempre violentado em tudo e por todos na sociedade o indivíduo
pobre e favelado de baixa renda aprende e enfrenta dificuldades para sua
subexistência gerando as mais diversas revoltas psicossociais do mesma e em
resposta direta a isto tudo na sociedade e como defesa destas violências praticam
inúmeras formas de crimes (violência-resposta).
Só
pra fortificar: desde cedo o indivíduo é massacrado com propagandas que lhe diz
como deve se comporta e as coisas que deve consumi para ser integrado
socialmente, pois, você é aceito na nossa sociedade quando você prática o
consumismo desacertado sendo assim um autêntico ideário social. Exemplo:
Trabalhador semianalfabetos com um entrego ruim que não lhe garante o mínimo
para viver bem, com dois filhos, morando em casebres e se possível sendo induzido a votar nos
políticos indicados pela Grande mídia. Quando a classe alta se deleita com tudo
que o dinheiro pode pagar. Quando o pobre não alcança este ideário tendo em
vista a sua precarização de assistências básicas ele sofre penalidade de todo
tipo de preconceitos canalizando isto para os diversos tipos de crimes como
resposta. Esta precarização do acesso aos bens básicos de existência contribui
para deixar o povo ignorante perante seus direitos e deveres assegurados pela
constituição federal. Não quero ser determinista, claro que existem pessoas que
conseguem ter uma vida diferente, alcança a tal dignidade que a sociedade
prega, mas, ainda é uma grande pequena parcela do mesmo.
Deste
seu surgimento no ano de 1950 a televisão se tornou a grande referência de
cultura e propagador de informação e cidadania do Brasil, pois tomou o lugar da
educação formal de nosso povo. Além de lazer a televisão como “O GRANDE MEIO”
de veiculação de “cultura e verdades” dita todo tipo de comportamentos das
pessoas no nosso país mais diretamente voltado para parcela da população pobre.
Com essa enorme influência em nossa sociedade de programas televisivos como “Se
Liga Boção”, “Na Mira”, “Brasil Urgente”, fazem um jornalismo sensacionalista
onde exploram o medo, a ignorância e esta “violência/resposta”. Nunca vimos
estes tipos de programa mostrar ou querer ter um debate crítico e construtivo
do por que destas mazelas e violência. Apontam o problema já em seu resultado
final não procuram saber as possíveis causas e como podem ser resolvidos.
Mostram a vida animalização dos indivíduos devido sua vida de plena mazelas
sociais para assim obter favores, Poderes e lançar candidatos para seus fins
políticos.
Estamos
vivendo uma grande crise, que é mascarado com apelo a um estilo de vida de
consumismo, onde visa forma um ser social ideal. Mas não conseguimos enxergar
que a maioria dos problemas do indivíduo é por falta de perspectiva de uma vida
onde tenha condições mínima de subsistência e acesso a produtos e coisas que o
consumismo lhe projeta para legitimar seu pertencimento social.
Temos
normais jurídicas como o ECA voltado para crianças e os adolescentes e todos
direitos assegurados pela Constituição Federal que é são os norteadores de condutas
institucionais para pensar e agir diretamente em frente aos indivíduos, porém,
algumas perguntas devem ser levantadas: para que serve leis e normais jurídicas?
Como a nossa Constituição Federal e leis como o ECA e os agentes desta lei
conduzem e entendem os crimes praticas? Será que não tem diferença entre crimes
praticas por ricos e pobres? Será mesmo que políticas públicas de retenção e
combate a violência tem o propósito de exterminar com o foco ou é só mais um
mecanismo de aquecer o mercado de armamento? Será que não teria um propósito por
trás de tudo isto?
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