Moça por favor dei-me tua calcinha usada;
Para que eu possa enxugar minhas lágrimas;
Lágrimas de amores outrora;
Talvez isso seja o impulso;
Que faltava para eu me perder novamente.
Moça observe só por um instante;
O começo é sublime;
Passível de tudo que é belo;
Entretanto o tempo passa;
Os olhos se abrem;
E o que era encantador mostra seu lado autêntico;
As incompatibilidades e o enjoou vão atormentar;
Restando o conformismo e os conflitos por tudo.
Moça... Envolta de imaginações;
Morta como as folhas secas que caem das árvores no Outono;
És meu verdadeiro amor por você;
Fortuito, moldado e inconfundível;
Os raios solares do nosso amor ofuscam a nossa visão;
E a cada momento destrói o que teria de duradouro;
Você só percebe o brilho que é quase que fantasioso.
Moça... As palavras são todas arranjadas;
Numa simetria quase doentia;
Dita cada passo;
Cada ideia sobre nós dois.
A visão da imagem no espelho é desesperadora;
Brincamos de Roleta Russa com o mundo;
Nisso estar o verdadeiro prazer de estar vivo;
Queremos felicidades e escondemos o fedor que nos definiria;
Em plenitude e em um êxtase espetacular;
Porém moça;
Meu retrato é mais assustador e real que o Retrato de Dorian Gray;
Porque ela é sentida na carne dia após dia.
Moça eu não quero esconder nada;
Quero que todos vejam as marcar do meu corpo;
Destroçado e alienado dos anos ao teu lado;
Como si eu e você fôssemos uma coisa só.
Existiria coisa mais repugnante que isso?
Como é excitante...
Como é apavorante...
Como eu renego a mim mesmo...
Vendo você totalmente enrolada no meu Véu de Maya!
Que imagem perigosa...
Que delírio...
Como é desprezível se perder nesses labirintos;
De sentimos confusos;
Eu sei o que você e teu mundinho particular esperam de mim;
Esperem que eu despedace toda minha vida;
Esperam que eu seja você;
Esperam a morte lenta de meu EU cansado e derrotado.
Satisfazendo desejos alheios;
Invente coisas;
Criem em mim vontades.
Por favor Moça...
Não venha me entorpecer com esses quereres falsos;
Com essas promessas de amores possessivos;
Não queira ouvir de minha boca salgada e ferida;
O que a nossa cultura;
Quer que eu reproduza para você.
Moça...
Saibas de uma coisa;
Um simples gesto de eu ti amo;
Vinda de você;
Com esse jeito inocente;
Abençoado por Deus;
E outorgado pelo Estado;
Pode acabar com vidas inteiras;
Inclusive a nossa.
Ygor Borba
Este blog é para falar de tudo na nossa sociedade de maneira irônica, descontraída e sem querer ter razão de nada.
terça-feira, 8 de abril de 2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
Um querer politicamente "quase" incorreto
Sua ordinária...
Guenga...
PUTA...
Mulher
de "Vida Fácil"...
Ramera...
Suja...
Pecadora...
Sem
vergonha...
Vendida...
Sínica...
Dissimulada...
Cachorra...
Ladrona...
Ah,
sua qualquer, sua fingida... Sinome de Beauvoir ti invejaria.
Entenda...
Nada
mais me fascina que seus beijos;
Seus
desejos infames e atrevidos de fazer injurias;
De
sussurrar palavras que arrepiam todos pêlos do meu corpo;
Nada
mais provocante que teu jeito de cadela no cio;
A
pedir cada vez mais forte e debochar de minhas limitações;
Nada
mais gostoso que teu rebolar;
Tua
buceta é um manjar sem igual;
Teu
olhar de puta cretina é adorável.
Vadia...
És
aqui um homem descontroladamente seu;
Vagabunda...
Ouça
o meu gemer de desejo;
Piranha...
Esfregue
todo seu corpo no meu;
Sinta
como minha vontade de você ergue meu pênis em louvor.
Sua
prostituta...
Arranque
e morda vários e vários pedaços meus;
Me
use e me abuse como aches melhor.
Sua
imunda...
Brinque
comigo e faça de mim o que você quiser;
Pratique
comigo tudo que é de humilhante e vergonhoso;
Vejas
aqui um homem totalmente a mercê de você.
Mate
meu orgulho;
Me
coloque na coleira;
Destrua
o que há de mais autêntico em mim;
Me
reduza a um inseto asqueroso e nojento;
Permaneça
com esse desdém que me faz ser o homem mais apaixonado do mundo.
sexta-feira, 28 de março de 2014
Infame
Nas
suas saias o cheiro ainda é forte
E minhas mãos praticam todas as injúrias...
São intensas talvez, mais ainda gutural
São torpes, mas são como você gosta!
Nossa filha vai ser a Deusa mais linda
Totem de sedução e atrevimento, me use...
Vadia sua esperteza é dominadora
Tão perversa teu sorriso, abre qualquer mundo.
Brinque comigo, me jogue no chão das ruas,
Andes sobre meu corpo como um tapete.
Lança-me esse perfume louco
Que induz, por você, insaciável querer.
Venha, minha meretriz gulosa
Amar como se repete e se repete.
De ser mulher. És a mais doce ninfeta
De corpo usado, e de cintura luxuriosa.
A alma é um convide ao desconhecido
Entre um velho amor relembrado
Um constante novo prazer.
E minhas mãos praticam todas as injúrias...
São intensas talvez, mais ainda gutural
São torpes, mas são como você gosta!
Nossa filha vai ser a Deusa mais linda
Totem de sedução e atrevimento, me use...
Vadia sua esperteza é dominadora
Tão perversa teu sorriso, abre qualquer mundo.
Brinque comigo, me jogue no chão das ruas,
Andes sobre meu corpo como um tapete.
Lança-me esse perfume louco
Que induz, por você, insaciável querer.
Venha, minha meretriz gulosa
Amar como se repete e se repete.
De ser mulher. És a mais doce ninfeta
De corpo usado, e de cintura luxuriosa.
A alma é um convide ao desconhecido
Entre um velho amor relembrado
Um constante novo prazer.
quinta-feira, 20 de março de 2014
Meu Eu
Não;
Não venha dizer coisas fortuitas sobre minha cara amassada;
Semblante autêntico de desespero e angústias das mais fortes;
Do meu olhar derrotado;
De minha boca seca e partida;
De meu corpo degradado;
De minha sombra negra deforme e esquisita.
Não;
Não quero ouvir suas críticas de certezas vazias;
Você com certeza não sabe do meu gemido mais íntimo;
Dos cantos de sereia que atordoam a minha vida;
Das minhas porradas cotidianas;
De minhas necessidades;
Do que sinto e dos meus desejos e vontades.
Não;
Não quero saber de suas conclusões banais sobre minha vida;
Falo de horas que se repetem e não passam nunca;
Falo de todo anacronismo;
Falo de noites longas de insônia;
De dias quentes e insuportáveis;
De tardes sem fim;
De uma dor longa e totalmente indizível.
Falo de falta de grana;
De ser ator de vários meios sociais;
De perspectivas frustradas;
De dançar conforme a música;
Do barco de Caronte;
De saber que ser você mesmo é uma prostituição de si mesmo.
Percebes nobre criatura do quê falo?
Não é OZ;
Falo de situações do dia-a-dia;
Das coisas podres e de vísceras;
Falo de minhas verdades e medos;
Das conquista e barreiras intermináveis;
De voltar para Ítaca;
De mim reconhecer e de me reinventar.
Observe e por favor fique em silêncio;
Não imagine nada;
Pois eu só falo de amor;
Dessa vontade de viver e sentir tudo;
De beber a vida e sentir todos seus sabores;
Falo de contradições e certezas adquiridas e quebradas;
Falo simplesmente de viver.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Uma musa de 19 de Fevereiro
O
artista é um provocador;
Diz
coisas de mundos de forma ardente;
Exuberante
observa tudo com uma artimanha mordais;
Pompa
nas ideias;
Simples
em suas palavras;
Cada
detalhe é descrito minuciosamente;
Como
se o tempo descansasse em sono absorto;
Furioso
de imaginações.
Sublime
não é sua arte descontrolada;
Sedenta
de revelações cretinas;
Contidas
em toda sorte de infinitos saberes seculares;
Cada
tensão;
Cada
sensação que envolve nossos sentidos;
Na
simples observação de sua obra materializada;
Ele
enxerga tudo brincando e você cada vez mais rendida e apaixonada.
Vejas...
Procure dentro de você aquela inquieta coisa que lhe perturba;
Tem
residência em cada parte de teu corpo;
O inimaginável;
O inimaginável;
Não
se limite;
Se
atreva em revoltas descomunais;
Digas
do encantamento;
Desse
calor indiferente que atormenta;
Desse
frio que congela e aprisiona tudo;
Fale
com você mesma;
Voe
entre esse mar embriagante de aromas raros;
Seja
seu próprio Deus em carne e osso.
Beba
esse liquido venenoso de novas propostas de viver;
Sinta-se
nua sem pudor e despida de si mesma;
Despudorada
faça o calculo da mais absurda liberdade;
Sem
medida;
Sem
preconceitos;
Solta
de quaisquer convencionalismos baratos;
Anuncie
para vida o seu você;
Não perca nenhuma gota de você.
O
artista é assim cálido;
Sedutor
e inesquecível como uma marca na tua pele;
Espetacular;
Quer
tocar você com uma beleza maravilhosa;
Assim...
Por favor, não pare um só minuto.
Use
as armas que o artista lhe fornece;
Para
descobrir um mundo renovado e sem sombras;
Aposte;
Jogue
e brinque com suas dúvidas;
Com
suas convicções mais ácidas e fervorosas;
Ouça
a voz da contravenção;
Quebre
certezas;
Destrua
tudo de velho para experimentar novidades.
Faça
de você mesma um oásis;
De
um torpor nunca antes sentido;
Revele
essa energia que sinto vinda de você;
Que
é doida e selvagem.
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