As rosas brancas têm algo peculiar... Elas são passives a contemplação! Para um olhar comum ávido de aparencias imediatistas a rosa branca perder o envolvimento, o prazer do primeiro contato por ter uma cor “morta” que é o branco ela não brilha, ela não se impõem, ela simplesmente anseia por discrição, por uma atitude detalhada de observações nervosas, porem, com uma calma doce tão angustiante que chega a permear na sua existência branca a falta do espetáculo de um significado qualquer para que ela tenha qualquer vida e qualquer importância.
Para um olhar observador a rosa branca por ser branca esconde sutilezas, esconde sentidos outros, ela prende este olhar contemplativo numa atmosfera de indagações intermináveis. Sua estética é igual a outras rosas de cor diferente, porem, não é este o motivo de sua beleza singular, pois, ela nos conduz a descobertas de possibilidades de imagens de nossos desejos de mudanças, permanências ou idealizações do que venha ser o “real”.
Símbolo de beleza e adoração, cultuada como uma deusa da noite, travestida de seus espinhos maliciosos, a rosa branca codifica em gestos sua vontade, uma vontade interminável, insaciável de imposições. A rosa branca brinca com nossos sentimentos, ela nos seduz, nos envolve, nos confunde, nos provoca, retida de nos todo tipo de orgulho, de amor próprio, de uma tal maneira que passamos a não enxergar mais nada além de teu gostoso perfume, sempre à querer uma dose deste sutil e veneno deleite.
Passamos a desejar e querer, até fazer coisas que antes não imaginávamos que seriamos capazes, ficamos cegos e sem senso, buscamos poesia nas coisas mortais só para ter a sensação perdida de paz. Renegamos nossa própria vida, o nosso Eu é servido em uma bandeja para ser bebida como algo intragável, algo sem nutriente de perseverança, algo para ser derramado no chão podre, onde todos possam desfilar todo seu ódio, toda sua prepotência.
Nosso choro de lamento regaria a rosa branca, e o que nos deixaria abismados é que esta rosa branca em momento algum tentaria dizer algo para nós, nem um vento a tiraria do teu lugar, de seu desdém com um mundo enlouquecido por suas explicações. E ela sempre ali pomposa, soberana, com um ar de deboche, só observaria nosso desespero por ela, nossas varias justificativas em defini-la, rica de tradições e seguidores infames a rosa branca moveria guerras, justificaria as piores barbáries, verdades, mentiras e suposições apareceriam, explicaria qualquer manifestação de alegria, encheria de certezas infundadas e de autoridade uma estante cheira de teorias humanas, vozes falariam em teu nome, séculos e séculos passaria e teu nome seria louvado de todas as formas.
Muitos achariam que a conhecem, falariam dela com toda propriedade, diferentes nações reivindicariam tua origem e apontariam suas influencias dos quatro cantos do mundo, porém, poucos saberiam exaltar teu nome. Ela passaria por varias mãos intrigadas e temerosas de tua beleza, modificariam a imagem da rosa branca para que ela não seja sacralizada ou afundada em dogmas. Surgiriam varias maneiras de contemplará, de tentar entende-la, venderiam conceitos ambíguos para poder chegar nem que fosse por um momento rápido a sua noção o seu juízo/entendimento. Críticas apareceriam para varrer qualquer duvida sobre sua beleza branca, clássicos ficariam a nossa disposição para sempre voltamos a nos angustiar com ela.
Todas as representações que possam ser direcionadas a rosa branca são representações humanas, assim, estas representações estão sujeitas a toda sorte de inferências conceituais, pois todos os pensamentos humano direcionam-se de maneiras diferentes sobre todas as coisas, tendo um mesmo conceito dependendo de sua abordagem (histórica, política, epistemológica ou gramatical) variações de um mesmo significado de um objeto qualquer.