Este
texto não tem pretensão filosófica alguma, pois, se uso termos e linguagem que
lembra mesmo de forma vagam tal gênero do saber é só por escolha particularmente
destes mesmos termos. Também não busco aqui nem o rigor nem construir alguma
teoria nova sobre nenhum assunto. Assim, restrinjo-me exclusivamente em esboçar
breves e curtas reflexões sobre o conteúdo do texto em questão.
O
convívio cotidiano é laborioso... Tantos conflitos e alegrias tentamos
administrar para termos o Outro do nosso lado que as vez nos questionamos o
sentido desta persistência. O que sabemos do Outro é tudo que adquirimos
socialmente. Somos existência porque somos seres sociais com tudo que esta
relação possa nos dar.
O
indivíduo na sua subjetividade envolvi-se em diversos aprendizados que leva consigo
durante toda sua formação social e individual, mesmo que este indivíduo tenha
adquirido certas influências comportamentais por ter nascido e ter tido certas
orientações culturais em determinado lugar com suas singularidades locais. Criando
assim, deste modo, condutas morais!
Somos
capazes de transcender nossas próprias limitações morais, o mesmo espaço cultural
que nos define é o mesmo espaço que o indivíduo usa para transformar-se questionando
com o intuito de agir com maior coerência possível nos diversos assuntos que
norteiam o imaginário e a vida do mundo inteiro. Agir com prudência seria então
buscar o equilíbrio entre nossos anseios morais e colocar a ética em constante
alerta.
Nossas
cognições em contato com o mundo nos fornecem formas de experiências impares: relações
afetivas, estudos, classes social, país de origem, lei jurídicas, política,
cultura entre outros aspectos, que teríamos de usar como ferramentas para viver
e respeitar o Outro com suas particularidades e singularidades e junto com este
Outro buscar uma vida menos agressiva e mais harmoniosa. Pensar o outro seria
uma ótima maneira de pensar nossa sociedade no que ele tem de mais abrangente. Como ponderar sobre comportamentos e atitudes de
outras pessoas que não tiveram a mesma influencia social e moral para não
cairmos no abismo do fundamentalismo?
As religiões em suas diversas fases soam como instituição,
que tem suas prerrogativas e normas que norteiam toda sua tradição e diligência
como grande órgão político de cunho global.
Sempre
as religiões flertaram e bem com as tendências atuais de épocas diferentes em
toda nossa civilização, pelo menos, quando estas Instituições surgiram e construíram
forças e tradições em todo o mundo. O Religioso é fascinante porque não tem
realmente uma explicação racional, pois, o conhecimento religioso é dado
diretamente por Deus no contato com os escritos sagrados, ou seja, pura
Revelação. Daí ser passível de inúmeras interpretações de todos os tipos.
Porque para no entendimento ordinário alcançar o conhecimento da basta sabedoria
divina não precisaria de uma analítica ou um estudo profundo e sofisticado de
ninguém, pois, suponha-se que o divino conversar e mostra “o caminho certo”
para o indivíduo só com contato com as escrituras, seus representantes na Terra
(todo tipo de sacerdotes) e tradições sagradas, ou seja, o contato direto com
estas coisas.
Por
muitas razões a maioria das pessoas religiosas que tem fé em alguma coisa divina
quando tem um problema rezam e rezam pra que esta divindade lhe iluminem com
sabedoria, porem, quando um problema surgi na vida do mesmo em qualquer âmbito
relacional, continuam rezando e não conseguem obter a capacidade de
simplesmente sentar/parar para ver como poderia resolver este problema com
diálogo, ponderação, decisões objetivas e sérias. Pois, ficam na inércia e
querem que tudo se resolva por si só.
Rezar
seria um simples palavrório consigo mesmo onde o objetivo seria retardar qualquer
tipo de ponderação por medo e insegurança de tuas próprias certezas religiosas.
Daí, o que vemos é a legitimação de práticas morais totalmente fundamentalistas.
Distorcem tudo. Em um diálogo usam ainda de
apelos emocionais e psicológicos, tentam toda hora e incessantemente usar contra
a pessoa artifícios dos mais mesquinhos para ti dominar. Religião fundamentalista
carrega e ensina o indivíduo o desconhecimento do outro e de si mesmo, torna-o insensato e dá-lhe o direito de fazer o que quiser
usando qualquer que seja os meios para alcançar os seus fins necessários.
Torna-o egoísta, incapaz de enxergar o outro com singularidade e respeito as
suas diferenciais comportamentais socioculturais.
Claro que nem todas as doutrinas religiosas norteiam
teus ensinamentos em preceitos fundamentalistas, pois, as formas de
religiosidade são inúmeras em todo o globo e cada doutrina desta tem sua forma
de agir e se adapta com as formas de conhecimentos ordinários. Podemos ter qualquer prática que o
conhecimento humano construiu durante tempos e tempos para seu convívio em
sociedade para explicar, falsear ou legitimar diversas coisas no mundo ou
simplesmente para buscar um bom viver. A questão central desta discussão seria
como viver respeitando nossas diferencias em todos os ambitos relacionais de
conhecimento dos indivíduos?