sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Outro e a Religião



Este texto não tem pretensão filosófica alguma, pois, se uso termos e linguagem que lembra mesmo de forma vagam tal gênero do saber é só por escolha particularmente destes mesmos termos. Também não busco aqui nem o rigor nem construir alguma teoria nova sobre nenhum assunto. Assim, restrinjo-me exclusivamente em esboçar breves e curtas reflexões sobre o conteúdo do texto em questão.

O convívio cotidiano é laborioso... Tantos conflitos e alegrias tentamos administrar para termos o Outro do nosso lado que as vez nos questionamos o sentido desta persistência. O que sabemos do Outro é tudo que adquirimos socialmente. Somos existência porque somos seres sociais com tudo que esta relação possa nos dar.

O indivíduo na sua subjetividade envolvi-se em diversos aprendizados que leva consigo durante toda sua formação social e individual, mesmo que este indivíduo tenha adquirido certas influências comportamentais por ter nascido e ter tido certas orientações culturais em determinado lugar com suas singularidades locais. Criando assim, deste modo, condutas morais!

Somos capazes de transcender nossas próprias limitações morais, o mesmo espaço cultural que nos define é o mesmo espaço que o indivíduo usa para transformar-se questionando com o intuito de agir com maior coerência possível nos diversos assuntos que norteiam o imaginário e a vida do mundo inteiro. Agir com prudência seria então buscar o equilíbrio entre nossos anseios morais e colocar a ética em constante alerta.
Nossas cognições em contato com o mundo nos fornecem formas de experiências impares: relações afetivas, estudos, classes social, país de origem, lei jurídicas, política, cultura entre outros aspectos, que teríamos de usar como ferramentas para viver e respeitar o Outro com suas particularidades e singularidades e junto com este Outro buscar uma vida menos agressiva e mais harmoniosa. Pensar o outro seria uma ótima maneira de pensar nossa sociedade no que ele tem de mais abrangente. Como ponderar sobre comportamentos e atitudes de outras pessoas que não tiveram a mesma influencia social e moral para não cairmos no abismo do fundamentalismo?

As religiões em suas diversas fases soam como instituição, que tem suas prerrogativas e normas que norteiam toda sua tradição e diligência como grande órgão político de cunho global.
Sempre as religiões flertaram e bem com as tendências atuais de épocas diferentes em toda nossa civilização, pelo menos, quando estas Instituições surgiram e construíram forças e tradições em todo o mundo. O Religioso é fascinante porque não tem realmente uma explicação racional, pois, o conhecimento religioso é dado diretamente por Deus no contato com os escritos sagrados, ou seja, pura Revelação. Daí ser passível de inúmeras interpretações de todos os tipos. Porque para no entendimento ordinário alcançar o conhecimento da basta sabedoria divina não precisaria de uma analítica ou um estudo profundo e sofisticado de ninguém, pois, suponha-se que o divino conversar e mostra “o caminho certo” para o indivíduo só com contato com as escrituras, seus representantes na Terra (todo tipo de sacerdotes) e tradições sagradas, ou seja, o contato direto com estas coisas.

Por muitas razões a maioria das pessoas religiosas que tem fé em alguma coisa divina quando tem um problema rezam e rezam pra que esta divindade lhe iluminem com sabedoria, porem, quando um problema surgi na vida do mesmo em qualquer âmbito relacional, continuam rezando e não conseguem obter a capacidade de simplesmente sentar/parar para ver como poderia resolver este problema com diálogo, ponderação, decisões objetivas e sérias. Pois, ficam na inércia e querem que tudo se resolva por si só.
Rezar seria um simples palavrório consigo mesmo onde o objetivo seria retardar qualquer tipo de ponderação por medo e insegurança de tuas próprias certezas religiosas. Daí, o que vemos é a legitimação de práticas morais totalmente fundamentalistas. 

Distorcem tudo. Em um diálogo usam ainda de apelos emocionais e psicológicos, tentam toda hora e incessantemente usar contra a pessoa artifícios dos mais mesquinhos para ti dominar. Religião fundamentalista carrega e ensina o indivíduo o desconhecimento do outro e de si mesmo, torna-o insensato e dá-lhe o direito de fazer o que quiser usando qualquer que seja os meios para alcançar os seus fins necessários. Torna-o egoísta, incapaz de enxergar o outro com singularidade e respeito as suas diferenciais comportamentais socioculturais.

Claro que nem todas as doutrinas religiosas norteiam teus ensinamentos em preceitos fundamentalistas, pois, as formas de religiosidade são inúmeras em todo o globo e cada doutrina desta tem sua forma de agir e se adapta com as formas de conhecimentos ordinários.  Podemos ter qualquer prática que o conhecimento humano construiu durante tempos e tempos para seu convívio em sociedade para explicar, falsear ou legitimar diversas coisas no mundo ou simplesmente para buscar um bom viver. A questão central desta discussão seria como viver respeitando nossas diferencias em todos os ambitos relacionais de conhecimento dos indivíduos?