quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Um Pouco de algumas “Verdades Pedagógicas”


Quando crianças somos “educados” a dizer sempre a verdade e somente a verdade em detrimento de suas implicações e conseqüências, pois, o colo fraterno da família nos “livra” daquelas malícias que o ato de dizer algo verdadeiro pode acarretar. Com o passar do tempo e com o advento da maturidade, constatamos que dizer alguma verdade fica condicionado a eventuais situações de algum momento social, e a proteção familiar de antes desaparece, assim, temos que nos sucumbir de formas autodidáticos e de performances Machadianas de nossos estados psicológicos. Como bons atores de múltiplas faces, desenhamos deste jeito perfis de personalidades distintas de nosso caráter que durante o nosso percurso de vida fica complicado sabermos se temos uma única real identidade.

 O termo verdade mistura-se de uma maneira pomposa ao termo fingir, ou seja, fingir e dizer algo passa ser prioridade, ensino/aprendizado primeiro da vivencia em sociedade nas suas varias formas de organização. A moral e a ética palavras inconvenientes servem para ficarem em círculos de debates ínfimos com prazo de validade bem estabelecidos, pois, dizer a verdade até hoje é sinônimo de poder/manipular.  Ser conveniente é a única forma de obter um convívio saudável com alguém, as pessoas preferem ser ludibriado com as diversas maneiras de dizer a mesma coisa que tornasse ofensivo não omitir nada. Pois o que importa mesmo é o encantamento, a adaptação do que foi dito.

A verdade então é vendida em prateleiras das mais diversas instituições sociais e proliferada como uma doença que o indivíduo tem que ser infectado a revelia. O cômico disto tudo é que certas verdades que por varias razões estão tão raizadas em nós, nos confundem ou simplesmente não sabemos o significado de suas bases teóricas. Não temos a capacidade de discutir estas teorias que durante toda nossa formação social foram devidamente manipuladas com a finalidade de mantermos em padrões de adestramentos para o convívio social.

A cada momento produzem-se verdades que são suplantadas por outras verdades muitas vezes não esclarecidas e ditas através de meias palavras, no jogo repetitivo de normais impostas para os indivíduos no intuito de dominar e construir preceitos confusos. Estas mudanças repentinas de verdade não passam por nenhum processo de investigação conceitual permanecendo a verdade no estado de profundo êxtase na vontade de multiplicar-se. Fabricam-se formas de verdade nas diversas áreas de pensamentos, dando espaço assim, a especialistas cheias destas verdades que como pastores enquadram rebanhos de outros ignorantes.

O individuo não consegue se desvencilhar destas verdades implantadas desde sua formação infantil, pois, reproduzem isto involuntariamente passando para seus filhos todas as doutrinas obscuras que a sua sociedade determina desde sempre. Verdades se tornam símbolo de poder, poder este esquematizado ou embutido em todos os níveis possíveis de relações humanas. As instituições detentora de Poder legitimado por verdades feitas historicamente se adaptam ao momento histórico que estão inseridas para construir novos comportamentos humanos e Político. Mascaram a realidade e conduz todos na sociedade para ter anseios e necessidades legitimadas por estas Instituições através de ideologias e adestramento total do pensamento humano.

 A educação e a Verdade sendo fatores Políticos e Ideológicos dão margem a varias analises conceitográficas, de momento ou legado histórico, de território, cultura, entre outros! Longe de ser um texto Filosófico com rigor conceitual argumentativo tentei levantar um debate que englobasse algumas pequenas observações de como verdades e verdades de educação são construídas no desenvolvimento histórico, social e político da humanidade.

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